Entre as águas do mar e das lagoas : arqueologia ambiental na planície costeira do Rio Grande do Sul durante o holoceno tardio

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Data
2022-09-30Autor
Tavares, Natália de Oliveira
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A Planície Costeira do Rio Grande do Sul (PCRS) constitui a maior planície costeira do território brasileira, formada ao longo do Quaternário. Durante o Holoceno Tardio (~4,4ka), posteriormente ao evento último evento transgressivo (~5ka), começam a ocupar este território populações oriundas de outras regiões: os povos Sambaquieiros vindos da costa atlântica ao norte, os Construtores de Cerritos vindos dos campos alagáveis do Pampa ao sul, os povos Jê das terras altas do Planalto e os Guaranis, do noroeste do estado. A chegada e intensificação da presença dessas sociedades ao longo do Holoceno Tardio foram concomitantes a uma série de transformações na vegetação, identificadas a partir do registro polínico, que podem estar relacionadas as estratégias de manejo e construção de paisagens desses grupos. Apesar dos dados não assegurarem uma relação direta, os eventos que reúnem a presença humana junto as modificações na paisagem ocorrem em um mesmo espaço-tempo, apontando uma convergência entre os dados e sinalizando uma possível antropização da paisagem. Além disso, a vegetação das matas de restinga atual parece manter resquícios em sua composição de um legado ambiental construído ao longo de milênios pelas diferentes populações que fizeram da PCRS o seu território. A pesquisa apontou caminhos para o aprofundamento de questões relativas as interações entre humanos e plantas, tal como a construção de paisagens, e destacou a importância da integração entre a arqueologia e a paleocologia no avanço desses debates.
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