Utilização de marcadores microssatélites na determinação da contribuição individual de machos suínos, para a paternidade de leitegadas produzidas por inseminação artificial intracervical e intra-uterina
Resumo
A possibilidade de redução no volume e concentração da dose inseminante (DI) na
inseminação intra-uterina (IAIU), permite um melhor aproveitamento do reprodutor
suíno em um maior número de fêmeas. Porém, o uso freqüente de pools de 2 ou
mais machos na inseminação heterospérmica pode mascarar o baixo desempenho
de alguns reprodutores. O objetivo deste estudo foi comparar o uso de IAIU com a
inseminação artificial intracervical (IAIC), tanto em condições de rotina de granja,
como através da determinação genética da paternidade em amostras
heterospérmicas de sêmen para identificar o desempenho reprodutivo de machos
individuais. Foram utilizadas 300 fêmeas de ordem de parto (OP) 2-5, submetidas a
IAIC e IAIU, com doses inseminantes com concentração de 3,0 x 109
espermatozóides/85 ml e 1,5 x 109
espermatozóides/60 ml, respectivamente. Para o
teste de paternidade foram utilizados 9 microssatélites (SW24, SW951, SW857,
SO386, SO101, SO090, SW240, SO155, SO355). O SW24 apresentou-se
monomórfico e o SO090 não apresentou amplificação alguma. Foram genotipadas
25 leitegadas, totalizando 300 leitões, e havendo exclusão de paternidade somente
em 95 deles. O teste de campo evidenciou desvantagem da IAIU (P < 0,05), em
termos de taxa de concepção (90,7%) e parição (85,3%), em comparação com a
IAIC (98,7% e 94,7%, respectivamente). Porém, o tamanho total da leitegada para
IAIC (13,7) e IAIU (13,0) não diferiu (P > 0,05). A exclusão de paternidade não
permitiu diferenciação entre os machos, dentro das técnicas de IA, possivelmente
em função da similaridade genética observada no plantel comercial avaliado.
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