Avaliação comparativa de dois sistemas de classificação histológica e da validade da quantificação da AgNOR para adenomas e carcinomas mamários caninos
Resumo
O presente estudo teve como meta comparar dois métodos de classificação
histológica tradicionais, morfologia-descritiva revisada por Misdorp (2002) e
corroborada pela OSM/AFIP e graduação histológica aperfeiçoada por Elston & Ellis
(1991). Isto foi aplicado em 87 carcinomas mamários caninos, para evidenciar se
ambos se equivalem, se contrapõem ou se complementam, na determinação do
potencial maligno dos tumores. Objetivou-se ainda verificar a existência da relação
destes dois métodos com os índices de AgNOR/núcleo em 45 deste carcinomas e
em 4 adenomas mamários caninos. Todos os carcinomas complexos localizaram-se
nos graus I e II. Já os carcinomas simples distribuíram-se nos três graus. A análise
de seus subtipos revelou que, os tubulopapilares distribuíram-se pelos três graus e
os sólidos apenas nos graus II e III. Já a maioria dos anaplásicos eram grau III. Ao
aplicar a técnica de AgNOR obteve-se uma média de 2,23 AgNORs/núcleo
(amplitude 1,39 - 3,2). Quando os 49 tumores foram avaliados utilizando morfologiadescritiva, evidenciou-se que os valores médios de AgNOR eram menores em
adenomas e carcinomas complexos do que em carcinomas simples. Já o subtipo
tubulopapilar apresentou valores médios inferiores aos subtipos sólido e anaplásico.
Ao analisar os 45 carcinomas, considerando o sistema de graduação histológica,
percebeu-se que os tumores classificados como grau I apresentavam média inferior,
aos classificados como grau II e grau III. Conclui-se que os dois sistemas de
classificação se complementam, mas a graduação histológica fornece uma
informação mais detalhada sobre o possível comportamento biológico destas
neoplasias, e que a média de AgNORs/núcleo tende a elevar-se em tumores que
apresentem características histológicas de malignidade.
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