Narrativas de formação e de docência de professoras que ensinam matemática nos anos iniciais.

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Data
2022-08-25Autor
Fonseca, Fátima Cristina Lopes
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Esta pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação
Matemática/UFPel trata das narrativas de formação e docência de professoras
que ensinam Matemática nos anos iniciais. Questiona: como as professoras dos
anos iniciais de uma escola de Canguçu narram a formação e a docência com o
ensino da Matemática? Objetiva analisar as narrativas de formação e de
docência de professoras que ensinam Matemática nos anos iniciais de uma
escola pública do município de Canguçu/RS. Possui abordagem qualitativa,
tendo como material investigativo entrevistas semiestruturadas com cinco
professoras dos anos iniciais. Os dados foram organizados a partir de dois
grupos de sentido a partir das narrativas: Formação para ensinar Matemática e
Docência para ensinar Matemática. No grupo Formação para ensinar
Matemática destaca-se os estudos no curso Normal e algumas disciplinas na
Licenciatura em Pedagogia, com uma formação voltada para o uso dos materiais
manipuláveis e pouca ênfase nos conhecimentos específicos de Matemática e
nos curriculares. No grupo Docência para ensinar Matemática pontua-se que nos
anos iniciais esta é considerada a partir dos materiais manipuláveis, dos jogos,
das brincadeiras, dos conhecimentos prévios dos alunos, de algumas tentativas
de integração entre as áreas de conhecimento e de possíveis reflexões sobre a
prática. Acredita-se que a ênfase da docência no uso e na exploração dos
materiais manipuláveis como um recurso para ensinar Matemática está
relacionada com a formação a nível médio, no curso Normal, e no nível superior,
no curso de Pedagogia, em que enfatizam tais recursos como um dos únicos
modos de ensinar Matemática. Questiona-se se não existiriam outras
possibilidades de formação e de docência, além das metodologias de ensino e
dos recursos didáticos manipuláveis, para que os professores produzissem
outros saberes e modos de ensinar. Defende-se que a formação e a docência
precisam oportunizar momentos de estudos sobre outras perspectivas teóricas
além daquelas voltadas às perspectivas cognitivas.
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