A patrimonialização de praças públicas e a influência nos seus usos: estudo de caso em Pelotas, RS.

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Data
2022-03-10Autor
Montelli, Clarissa Castro Calderipe
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O tema da presente pesquisa versa sobre a patrimonialização. Nesse sentido,
aborda a problematização do uso das praças públicas patrimonializadas e a
importância das atividades realizadas nesses espaços como uma das justificativas
da patrimonialização realizada pelo poder público. De um lado, o uso efetivo das
praças públicas é uma maneira de proporcionar a apropriação e a valorização
desses ambientes por parte dos usuários e, por outro lado, a patrimonialização
representa a normatização desses espaços. Para trabalhar com a análise desses
processos contraditórios, foi escolhido fazer a análise do uso do espaço urbano das
praças da cidade de Pelotas frente ao processo de patrimonialização. O objetivo
principal da pesquisa foi analisar a influência da patrimonialização no uso dessas
praças, além de identificar se essas praças são referenciais de identidade e
memória para seus usuários. Para realizar tal tarefa, foi utilizado para análise o
método dialético regressivo-progressivo proposto por Henri Lefebvre. Sendo assim,
partiu-se da realidade atual das praças e voltou-se ao passado, procurando
elementos que pudessem elucidar determinadas particularidades encontradas no
presente. Posteriormente, foi feito o movimento contrário, a fim de tentar indicar
possibilidades para o futuro. Quanto ao método de investigação, foi adotada uma
perspectiva fenomenológica, por enfatizar dados qualitativos, com o objetivo de
entender a singularidade dos espaços a partir da subjetividade dos usuários. Como
procedimentos metodológicos, utilizou-se de mapas comportamentais e
entrevistas. Os resultados encontrados apontam para encaminhamentos futuros
que visam a melhoria e a qualificação dos espaços urbanos das praças, além do
incremento da qualidade de vida urbana. De modo geral, foi possível concluir que
a patrimonialização não afetou o uso dos espaços referentes às praças estudadas,
apesar de serem identificadas pelos usuários como bens culturais da cidade de
Pelotas.
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