Educação em Ciências e deficiência visual: estratégias de um ensino inclusivo para a superação de barreiras em sala de aula.
Resumo
A presente dissertação despertou das dificuldades com a educação inclusiva
durante as práticas de estágio e nos projetos de ensino, pesquisa e extensão
ao longo da graduação em Licenciatura em Química no Instituto Federal Sul Rio-Grandense, associada também aos relatos destas dificuldades por Amélia
Bastos e demais professores em artigos científicos. Ao ingressar, em 2018, no
mestrado em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal de
Pelotas, junto a meu orientador desenvolvemos esta pesquisa que teve como
objetivo geral investigar e identificar no Ensino de Ciências quais estratégias
são utilizadas pelos professores e alunos com deficiência visual e em que
medida estas dão conta da superação de barreiras em salas de aula do Brasil.
Para tanto, utilizamos como referencial teórico o materialismo histórico dialético
de Lev Vigotski que demonstra a importância da transformação sócio cultural
para o desenvolvimento de uma criança. E também nos amparamos nos
obstáculos pedagógicos e epistemológicos de Gaston Bachelard que se refere
às barreiras no processo de ensino e aprendizagem do estudante. Para atingir
estes objetivos fizemos uma pesquisa bibliográfica utilizando como fonte de
coleta de dados o repositório da CAPES e da Scielo. Depois da leitura de cada
artigo selecionado fizemos análises qualitativas e da reflexão destas emergiram
os principais capítulos que vão de encontro aos objetivos: barreiras no Ensino
de Ciências a alunos com deficiência visual, formas de superação das barreiras
e as estratégias destes professores e alunos. Como resultados destacamos
que as estratégias cognitivas e metacognitivas mais utilizadas pelos alunos
com deficiência visual e as estratégias metodológicas e instrumentais pelos
professores destes alunos no ensino da Ciência Química são as principais
responsáveis pela superação das barreiras atitudinais em sua maioria
encontradas. Concluimos que o educando e o educador utilizam de estratégias
diferentes, por isso o professor precisa buscar pela capacitação e por cursos
de pós-graduação para conhecer e aprender a utilizar as estratégias com seu
aluno e também para orientá-lo na utilização da estratégia cognitiva ou
metacognitiva mais adequada em cada aula, pois são importantes para a
formação das habilidades e capacidades deste aluno. Com base nas
discussões dos resultados e conclusões alcançadas, construimos o produto
final do mestrado, composto por um guia com sugestões de práticas de
laboratório adaptadas para professores do Ensino de Química que atuam com
alunos com deficiência visual para servir como ferramenta auxiliar.
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