Um discurso clandestino sobre sexo na escola.

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Data
2005-01-13Autor
Kellermann, Maristela Schein
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O fio condutor deste trabalho consiste em mapear através de fotografias um dos escapamentos, vazamentos, que são as escritas/ desenhos ditos “clandestinos” das portas dos banheiros tanto masculinos como femininos utilizados pelos alunos do ensino fundamental e médio do Colégio Municipal Pelotense. Os escritos/desenhos são modos de expressar desejos que povoam a escola. Penso nos grafites como estratégias, dispositivos, arranjamentos para as produções de diferenças, tanto em instâncias individuais, como nas coletivas, onde sempre ficam fragmentos, pedaços de nós, resíduos, restos, rastros. A proposta das fotografias dá visualidade aos mapas em construção, aos quadros avisos, aos efeitos desta escrita. Escolhi os escritos das portas dos banheiros com o objetivo de dar luz e voz aos modos de subjetivação dos sujeitos afectados, já que no espaço público dificilmente seria possível esta problematização. Nesta pesquisa, procuro dizer e fazer ver algumas subjetividades e sexualidades, não como uma forma única que construímos, carregamos e incorporamos. Busco outros sentidos para pensar as sexualidades e o sujeito, centrando-se no dispositivo da sexualidade. As técnicas de controle e intervenção sobre os corpos sempre viabilizam escapamentos. Este escapamento tem o corpo máquina como veículo de passagem dos fluxos e enredos.
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