Cartografias Autopoiéticas da Docência: uma reflexão epistemológica e pedagógica no Ensino Superior.
Resumo
Esta dissertação se propõe a uma reflexão sobre a dimensão epistemológica e pedagógica do
professor no Ensino Superior, a partir da Biologia do Conhecer que define o conceito de
cognição como criação, autopoiese, opondo-se a imagem dogmática do pensamento, pautada
na representação e em racionalidades impostas ao fenômeno do conhecer. Sua intenção foi
cartografar a experiência cognitiva do professor no espaço relacional da sala de aula do Ensino
Superior, suas epistemologias, as emoções que se fazem presentes no ato de ensinar e as
implicações disso sobre a autopoiese dos estudantes. A pesquisa foi realizada na Universidade
Federal do Rio Grande – FURG, campus Santa Vitória do Palmar. A discussão ocorreu sob a
visualização de dois territórios: o território do emocionar(se) e o território do relacionar(se).
Percebeu-se a existência de pulsações que percorrem os dois territórios: as pulsações dos afetos
e as pulsações dos des(enraizamentos). Nestes territórios, a docência transita por fluxos, num
fluir entrelaçado de emocionar e racionalidade. Os sujeitos experimentam outros caminhos na
sua organização autopoiética. A intensidade que os percorre na prática educativa é da ordem
do prazer, da satisfação, da responsabilidade, mas também de desconforto e dificuldades. O
mapa como sistema acêntrico nesta cartografia, diferente do decalque teve múltiplas entradas e
saídas, nas quais os sujeitos autopoiéticos desta pesquisa explicam a experiência de ser um
professor e o fenômeno do conhecer a partir das coerências de suas experiências e também, a
partir dos diferentes domínios de realidade em suas interações com os estudantes no espaço
relacional da sala de aula.
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