“A Espada é o Centro da Vida”: O Imaginário dos Samurais no Mangá Vagabond (1996-2007).

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Data
2020-05-29Autor
Motta, Lucas Marques Vilhena
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Mostrar registro completoResumo
Os samurais foram uma casta guerreira que se estabeleceu no Japão durante seu período medieval. Apesar de a classe ter sido extinta durante a Era Meiji, que pavimentou o caminho para a construção do Japão moderno, ela sobrevive em nossa imaginação e na cultura popular. Em diversas produções midiáticas, feitas inclusive no Ocidente, os samurais marcam sua presença no imaginário de maneira semelhante aos cavaleiros medievais europeus ou aos cowboys estadunidenses. Dentre esses guerreiros, alguns indivíduos destacam-se e Miyamoto Musashi é, provavelmente, o mais conhecido de todos. A fama de nunca ter sido derrotado e seu livro (O Livro dos Cinco Anéis) — que apresenta sua filosofia enquanto guerreiro, popularizada pelo nome de Bushidô — consolidaram Musashi como um “samurai ideal”. Sua trajetória foi inspiração para o romance Musashi de Eiji Yoshikawa, publicado na década de 1940, e, posteriormente, tornou-se uma das obras literárias japonesas mais reconhecidas ao redor do mundo. O romance, além de apresentar uma representação da vida de Musashi, também apresenta o cotidiano dos samurais durante a grande paz do período Tokugawa, assim como as contradições presentes na vida desses guerreiros. Na década de 1990, o mangá Vagabond iniciava sua serialização, abordando as aventuras de Musashi, (re)adaptando o romance para uma nova geração de consumidores. O mangá apresenta alterações em relação ao seu material “original”; dentre essas mudanças, está a forma como os samurais são representados. Esta dissertação tem por objetivo comparar/analisar as representações dos samurais em Vagabond e em Musashi, buscando compreender seus distanciamentos e o que eles podem significar.
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