Práticas de resistência e atuação política do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul - CPERS no período final da ditadura civil–militar (1979 a 1984).
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo analisar a trajetória e a atuação política do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul – CPERS, procurando identificar as práticas de resistência dos professores do ensino primário e secundário associados à entidade durante o fim do regime ditatorial após o Golpe de 1964, tendo foco no período dito de abertura, entre os anos de 1979 e 1984. As principais fontes analisadas foram: o jornal Magister e os Boletins produzidos pela entidade, bem como as atas das assembleias da entidade. O significado de resistência que embasa a presente pesquisa é o de que existem diversas formas desta ser manifestada de acordo com o contexto vivido. Neste sentido, buscou-se aprofundar o estudo visando compreender de que forma se deu a resistência dos professores estaduais durante o período final da ditadura civil - militar no Brasil. Foi possível identificar que ocorreu por meio de diversas práticas, como a greve de 1979 e as paralisações de 1980 e 1982; as assembleias da categoria com grande número de professores, muitas delas realizadas no auditório da Assembleia Legislativa do estado; o aumento no número de associados na entidade; a expansão da entidade por meio da criação de núcleos no interior do estado; as publicações contidas no Jornal Magister e no Boletim; a campanha de mobilização e a criação de uma comissão de mobilização, e da união da categoria.
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