Ser Indiano às Margens do Mediterrâneo: uma socioantropologia com migrantes indianos na cidade de Marselha/França.

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Data
2020-06-19Autor
Corrêa, Otávio Amaral da Silva
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Mostrar registro completoResumo
Este trabalho se debruça sobre as rotas migratórias de pessoas cujas origens estão
enraizadas na Índia, assim como sobre o imaginário cultural a respeito dessa
população que vive em Marselha, sul da França. A diáspora indiana é um tema ainda
não desenvolvido no meio acadêmico francês, especialmente dentro dos
departamentos de Antropologia e Sociologia, quando comparados a outros países –
tais como a Inglaterra e os Estados Unidos. O fenômeno da migração, por sua vez, é
um campo de estudos peculiar à cidade de Marselha, muito em razão da imagem
cosmopolita que lhe é auferida. No entanto, a presença de indianos em pesquisas
etnográficas não é perceptível. Na verdade, me questiono a respeito das diferentes
trajetórias percorridas por estes indivíduos dentro da construção de sua sociabilidade
no contexto urbano de Marselha. Qual é a rota migratória percorrida por estes indianos
que chegaram em Marselha, mas que são ainda invisíveis nos estudos de migração
na França? Quais são as razões pelas quais estes migrantes escolheram a França
em vez de países anglófonos? Baseando-se em uma análise da cidade e seu
quotidiano particular, na construção da rotina e de sua paisagem, esta etnografia é
feita a partir de uma observação flutuante nos restaurantes indianos da cidade. Por
meio de um percurso em rede que moveu o trabalho de campo, construo nosso estudo
baseado em “entretiens compréhensifs” e observação participante no dia-a-dia destes
migrantes. Visando construir uma etnografia sensível acerca da migração, coloco o
pesquisador como um ator dentro de sua pesquisa e de seu campo, percebendo sua
presença como uma resposta ao método etnográfico.
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