Falseamento e mentira para si mesmo: uma aproximação entre o ressentimento e a psicologia metafísica.

Abstract

Em nota que encerra a primeira dissertação da Genealogia da Moral, Friedrich Nietzsche expressa pública e formalmente um desejo, a saber: “que alguma faculdade de filosofia tome para si o mérito de promover os estudos histórico – morais” (NIETZSCHE, 1999, p. 45 e 46), enfatizando que esta questão merece a atenção de filólogos, historiadores e profissionais da filosofia, além de ser igualmente necessário fazer com que fisiólogos, psicólogos e médicos se interessem pelo problema do valor das valorações até agora existentes. Neste caso particular das valorações, os filósofos de ofício podem representar os porta – vozes e mediadores, “após terem conseguido transformar a relação entre filosofia, fisiologia e medicina, originalmente tão seca e desconfiada, num intercâmbio dos mais amistosos e frutíferos” (Idem). Para a realização deste trabalho, debruçamo-nos sobre a obra Genealogia da Moral, traduzida por Paulo Cesar de Souza, além da discussão com comentadores