dc.identifier.citation | PINTO, Fabiano Freitas ; ARALDI, Clademir Luís. Fisiopsicologia nietzschiana: uma nova interpretação da relação entre prazer e desprazer. In: ENPOS, 16, 2014, Pelotas. Anais eletrônicos... Pelotas: UFPel, 2014. Disponível em: https://cti.ufpel.edu.br/siepe/arquivos/2014/CH_02247.pdf. Acesso em 18/06/2020. | pt_BR |
dc.description.abstract | À primeira vista, pode parecer um exagero verbal dizer que a psicologia
acaba se configurando como um procedimento imprescindível para a
compreensão da filosofia nietzschiana, mas basta lermos sua autobiografia
Ecce Homo, onde o autor conta a si próprio sua vida, para rapidamente
percebermos a relevância do tema, uma vez que ali Nietzsche se
autodenomina o primeiro grande psicólogo da história e coloca em relevo a
singularidade e aprimoramento de sua psicologia para aquilo que é mais
enigmático e profundo em nossa realidade existencial, a saber, a dimensão dos
afetos. Contudo, contraditoriamente, mesmo com toda a ênfase tributada ao
tema por parte do autor, por muito tempo a questão da psicologia nietzschiana
foi abordada de forma secundária por estudiosos clássicos de sua obra (Karl
Jaspers, Eugen Fink e Martin Heidegger, por exemplo) postura esta que
predomina até os anos de 1950 quando Walter Kaufmann publica Nietzsche:
Philosopher, Psychologist, Antichrist. Com efeito, a terceira parte desta obra faz
ver que Nietzsche insiste no uso dos afetos e vincula o extermínio destes ao
enfraquecimento da vida. Entrementes, o texto traz a figura do homem de
rapina César Bórgia exatamente para destacar a força contida no âmago deste
saudável monstro. Dado o exposto, neste trabalho investigaremos a forma com
que Nietzsche interpreta a relação entre prazer e desprazer em consonância
com a dinâmica da vontade de potência. | pt_BR |