O republicanismo maquiaveliano: a importância dos tribunos da plebe para a política.

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Data
2018-11-14Autor
Gissoni, Antonio Carlos Maia
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A presente investigação aborda o pensamento político de Nicolau Maquiavel (1469-1527), nas obras O Príncipe e Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio, a partir da hipótese de que o governo republicano beneficia a população quando há um governo misto. Para tanto, a História é considerada uma importante fonte de ensinamentos, sobretudo o Período da República Romana (510 a.C. - 27 d.C.). Nesse contexto, destaca-se a divisão do poder político – a politeia mixes -, com ênfase na participação popular nas deliberações políticas por meio da instituição de um cargo específico: os Tribunos da Plebe (em 493 a.C). As acepções de Cícero, em sua obra Da Republica, influenciaram as considerações do autor florentino sobre este modelo de governo. Desse modo, demonstra-se a interpretação de Maquiavel sobre a utilização da História como base epistemológica; a sua proposta de análise objetiva da realidade política – a verittà efetualle -, a fundação ou a reforma de um Estado; a relevância do governo republicano; e o arrojo individual – a virtù -, em face à imponderabilidade humana sobre todas as coisas – a fortuna. Por fim, constatar-se-á as compatibilidades e as distinções entre o pensamento maquiaveliano aproximando-o do comunistarista do século XX, especialmente, nas acepções de Alasdair MacIntyre acerca de uma comunidade política pautada na busca do bem comum. Em outros termos, a atualidade do primeiro e as considerações de um contemporâneo no tocante às questões sobre a vida em comunidade, uma preocupação Política que perpassa os séculos e as mentes humanas.
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