Capacidade de uso da terra e abatimento de erosão hídrica em propriedades da bacia hidrográfica do arroio Epaminondas em Pelotas (RS).

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Data
2019-08-23Autor
Tavares, Margareth Andrade dos Reis
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Conforme os sistemas de uso e manejo do solo adotados, pode ocorrer o
comprometimento das atividades agrícolas e da qualidade dos corpos hídricos. O
planejamento do uso da terra de acordo com sua capacidade de uso se torna
necessário para estabelecer seu aproveitamento com um mínimo de perdas por
erosão. Este trabalho levanta duas hipóteses: a) o uso atual da terra em
propriedades agrícolas na bacia hidrográfica do arroio Epaminondas não está de
acordo com sua capacidade de uso; b) a estimativa do percentual de abatimento de
erosão pode auxiliar na tomada de decisão sobre o uso e manejo do solo mais
adequados. O principal objetivo foi determinar a capacidade de uso da terra e o
percentual de abatimento de erosão decorrentes da adoção do uso e manejo
adequados do solo, associados a serviços ambientais para a bacia hidrográfica do
arroio Epaminondas. Os objetivos específicos do estudo foram: classificar a
capacidade de uso e o uso atual da terra em cada gleba do estudo; identificar a
ocorrência de conflitos de uso em cada gleba; estimar o percentual de abatimento da
erosão; indicar o uso e manejo mais adequado para cada gleba; verificar a
possibilidade de retribuição por serviços ambientais. Para atingir os objetivos, foram
selecionadas três propriedades rurais da bacia, subdivididas em glebas
homogêneas. Foi realizado o levantamento dos fatores limitantes de cada gleba,
bem como análises físicas e químicas dos solos. Os resultados obtidos foram
utilizados para classificar a capacidade de uso da terra, identificar os conflitos de uso
existentes e estimar o percentual de abatimento da erosão. Foi observado que a
maior parte da área estudada (87,69%) se enquadra na classe IV de capacidade de
uso; 10,93% foram classificadas como classe V e apenas 1,38% como classe III. A
estimativa da média de percentual de abatimento de erosão variou de 50,08 a
63,68% entre as propriedades, indicando que as mesmas poderiam ser beneficiadas
por um projeto do Programa Produtor de Água. Verificou-se que 4,29% das áreas do
estudo estavam em conflito de uso caracterizado pelo sobreuso, podendo
comprometer a produtividade agrícola e a qualidade da água da bacia. Foi
constatada a eficácia de utilizar a estimativa de percentual de abatimento de erosão
como ferramenta de suporte para retribuição por serviços ambientais.
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