O material, o visual e o intangível: uma análise da iconografia e da arquitetura da igreja de St Mary e St David de Kilpeck, séc. XII.
Resumo
Esta dissertação é uma continuidade ao Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em História da UFPel, defendido e aprovado em 2014, intitulado “Mísulas de Kilpeck: O discurso da dualidade e o hibridismo iconográfico entre o Paganismo e o Cristianismo no século XII”, sendo ampliada a análise para elementos do interior da igreja (abside) e do portal, incluindo a ornamentação do tímpano. Deste modo aprofundando a compreensão dos elementos iconográficos da arquitetura de Kilpeck, analisando o conjunto interno e externo, deseja-se uma visão mais significativa sobre a constituição da religiosidade nesta região e a utilização da iconografia em um prédio religioso, levando-se em conta a localização e as representações. Através da análise detalhada da iconografia é possível perceber as várias “Idades Médias” que constituíram o período medieval, dividido em diversos contextos regionais, o que suplanta a ideia de uma cultura homogenia determinada pelo poder da Igreja. Esta análise pretende dar destaque aos processos regionais de sincretismo cultural, partindo da ideia de uma circularidade cultural, onde as populações locais também possuíam importância para a construção dos prédios religiosos, fazendo com que a Igreja tivesse de fazer concessões para preservar sua influência entre determinadas realidades locais.
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