Influência dos polimorfismos nos genes APOC3, CETP, ECA, ACTN3 no sucesso da intervenção nutricional hipolipemiante em pacientes HIV positivo

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Data
2015-03-27Autor
Aranalde, Laura Carneiro da Rosa
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Este estudo avaliou a influência de polimorfismos em 4 genes relacionados com dislipidemia e alterações metabólicas (APOC3, CEPT, ECA e ACTN3), sobre a intervenção nutricional em pacientes dislipidêmicos infectados pelo HIV em terapia antirretroviral (TARV). Amostras de saliva foram coletadas de 65 pacientes em um serviço de referência na cidade de Rio Grande, no Sul do Brasil. A genotipagem foi realizada através da reação em cadeia da polimerase e técnica de polimorfismo de tamanho de fragmento de restrição. A prevalência de mulheres foi de 69,2% vs 30,7% dos homens, observou-se que entre sexo feminino 77% delas faz uso de IP na TARV contra apenas 33,3% nos homens. A intervenção nutricional melhorou os parâmetros antropométricos como massa corpórea, IMC e circunferência abdominal em quase todos os genótipos, sendo o genótipo II do gene da ECA obteve uma melhor resposta. Em relação ao perfil lipídico, não houve diferença significativa entre os genótipos estudados, com excessão do polimorfismo da ACTN3, onde os indivíduos do genótipo RR apresentaram glicemia mais baixa (RR – 95,4 + 6,5; RX – 102,6 + 10,6; XX – 110,1 + 16,3), uma tendência de menores valores para TG (RR – 156,6 + 78,1; RX – 173,5 + 78,3; XX – 181,6 + 94,) e uma redução do LDL quando comparados a coleta do terceiro momento em relação a primeira coleta (RR –23,7 + 74,3; RX 1,32 + 28,6; XX 30,21 + 54,6). Concluindo, nossos resultados mostram que o polimorfismo R577X da ACTN3 pode influenciar tanto o perfil lipídico de pacientes HIV+, como determinar o prognóstico da intervenção nutricional quanto à redução de LDL. Além disso, mostramos uma maior prevalência de mulheres infectadas procurando orientação nutricional, e que estas tendem a fazer maior uso de IP junto a TARV. Adicionalmente, pacientes usando IP respondem melhor a intervenção nutricional com relação à perda de peso, mas pior quanto à melhora do perfil lipídico, sugerindo a necessidade do uso de hipolipemiantes orais neste grupo de pacientes.
