Determinantes dos rendimentos dos empregados agrícolas permanentes: uma análise entre o mercado formal e informal entre homens e mulheres
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar separadamente os determinantes salariais de homens e mulheres do setor agrícola permanente, empregados tanto no mercado formal quanto informal nos anos de 2002, 2005 e 2012. Para tal, utilizam-se como metodologia o método de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e o procedimento de Heckman, a fim de corrigir o viés de seleção amostral, que é calculado de duas formas: através do modelo logit multinomial e do modelo logit ordenado. Os dados foram obtidos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisam-se determinantes relacionados ao capital humano, às características pessoais dos trabalhadores e às regiões geográficas onde eles residem. Com relação aos resultados, verificou-se que em 2012 houve, em geral, uma redução dos diferenciais de salários dos empregados do setor formal com mais de 8 anos de estudo em relação aos com até 3 anos de estudo. Este resultado também foi encontrado para homens do setor informal. Também se verificou que os retornos salariais dos níveis de educação foram frequentemente maiores entre os empregados informais do que entre os formais nos três anos da pesquisa. Já no que se refere às regiões geográficas, verificou-se que os empregados do setor agrícola permanente das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, em geral, auferiam maiores salários do que os da região Nordeste (região base).