Chove não molha: associativismo negro e protagonismos femininos em Pelotas - RS

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Data
2024-10-01Autor
Siqueira, Laís Amélia Ribeiro de
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Esta tese de doutorado tem como objetivos reconstruir a história do Clube Social Chove Não Molha, sob uma perspectiva antropológica. Refletir sobre os efeitos do cenário histórico e político brasileiro sobre os projetos de associativismo negro adotados pelo clube ao longo do tempo. Discutir as condições diante das quais o associativismo negro surgiu no Brasil, a influência das diversas matrizes discursivas a respeito de raça e gênero se materializaram na forma como essas entidades foram sendo geridas, partindo da época de sua fundação até o momento presente. As diversas formas utilizadas pelas mulheres negras do clube para exercerem o seu protagonismo, em um ambiente bastante conservador e resistente às mudanças. A relação entre os diferentes clubes, negros e brancos da cidade e a negociação continua de fronteiras entre eles.O possível impacto, sobre os clubes sociais negros que os novos discursos sobre relações raciais e gênero, que emergiram a partir da década de 1970, e as reconfigurações de identidade por eles criadas. O espaço clubista como um local de construção de autoestima e valorização da beleza feminina negra, ao longo das diferentes gerações. Por fim, discutir as possíveis razões para a crise enfrentada pelo Chove Não Molha, as razões para o seu esvazamento e as soluções encontradas pelo clube para gerenciar e encontrar novas formas de se fazer presente e atuante na sociedade pelotense.