A negritude pentecostal: uma etnografia sobre pessoas negras na periferia de Pelotas-RS

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Data
2024-09-27Autor
Oliveira, Veridiana Machado Rosa
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Esta dissertação de mestrado foi realizada em área urbana na cidade de Pelotas no Estado do Rio Grande do Sul. A realização deste trabalho implica na compreensão de uma realidade periférica com olhar para a inserção das igrejas pentecostais no bairro onde estão localizadas. O objetivo é buscar evidenciar, através da etnografia, a religião enquanto um fator de inclusão social baseada na ideia de igualdade e equidade, a partir da realidade das pessoas negras e sua vivência no pentecostalismo. Para isto, procura-se entender a periferia Navegantes, lugar onde os interlocutores e interlocutoras moram e onde estão localizadas as igrejas, trazendo a história da cidade de Pelotas, como forma de entender a formação periférica da cidade, a atual condição de infraestrutura existente do bairro e moradias da população negra. A pesquisa ressalta as reuniões e as várias maneiras da negritude vivenciar o culto, qual a religião anterior das pessoas negras e a chegada no pentecostalismo. Os cargos ocupados por pessoas negras são analisados, juntamente com as perguntas de relações raciais (ajustadas de acordo com o curso da entrevista), para se perceber como opera o racismo. Diante disto, a proposta foi mostrar o lugar onde moram até a introdução das pessoas negras no pentecostalismo de forma a evidenciar como a sociedade ainda está baseada no passado escravagista, o qual se confirma, na periferia, no ritual, na conversão e no critério racial para ocupações de destaque na hierarquia das igrejas.