dc.description.abstract | Françoise Vergès, autora de “Decolonizar o Museu – Programa de desordem absoluta” (2023), é uma cientista política francesa, ativista, organizadora de exposições e oficinas em diversos museus e especialista em estudos pós-coloniais. Em sua obra, Vergès discute os problemas, falhas e contradições da noção de “museu universal”. Para a autora, o museu universal é o local de encenação da grandeza do Estado-Nação, um verdadeiro campo de “batalha ideológica com cujo auxílio os que lucram com as guerras retocam sua reputação e normalizam sua violência” (VERGÈS, 2023, p. 24). A suposta universalidade do museu se originou no saque e no roubo de diversos lugares do mundo que foram colonizados pelo homem branco. Desse modo, o museu seria uma espécie de vitrine dos vencedores, expondo objetos sequestrados dos vencidos em uma encenação necropolítica que não só determinou práticas locais ocidentalizadas pelo desapossamento dos objetos, como também determinou o “[...] controle de interpretações futuras” (VERGÈS, 2023, p. 31) sobre eles e sobre os sujeitos que foram despossuídos. | pt_BR |