Separador de espiral rotativo no beneficiamento de sementes de soja
Resumo
O presente trabalho teve por objetivo avaliar o separador de espiral rotativo
identificando a adequada regulagem visando minimizar o descarte de sementes de
soja de qualidade; determinar a eficiência quanto a remoção de sementes menos
densas e estabelecer a influência da passagem das sementes de soja no separador
de espiral rotativo na qualidade física e fisiológica. O equipamento separador de
espiral rotativo analisado estava instalado no laboratório de análises de sementes da
empresa Petrovina Sementes, composto por uma espiral com capacidade estática
para uma tonelada por hora. Utilizou-se um lote de sementes de soja de 1200kg, sem
classificação, o experimento foi composto por 27 unidades experimentais, cada uma
com 30kg, sendo os tratamentos constituídos por dois fatores: velocidades de rotação
(zero, 5 e 10rpm) e fluxo de alimentação (aberturas de diâmetro 32,0; 38,5 e 47,6 mm,
correspondentes a 0,3; 0,6 e 1,2t/h) e três repetições. A quantidade (30kg) de
sementes de cada repetição de tratamento foi colocada no depósito de alimentação e
coletadas as frações descarregadas na saída da fração aproveitamento e da descarte,
pesadas e posteriormente foi determinado o desempenho do equipamento, e
expresso em porcentagem, de cada fração foi retirada uma amostra de 1kg para as
análises de avaliação da qualidade física e fisiológica. O procedimento experimental
foi em blocos ao acaso, em fatorial 3x3 (velocidade de rotação x fluxo de alimentação).
Concluiu-se que para o desempenho do equipamento, os maiores descartes de
sementes foram obtidos na velocidade de rotação zero, nos três fluxos de
alimentação. Se teve um melhor aproveitamento de sementes de soja utilizando a
maior velocidade de rotação, porém, com relação à qualidade física e fisiológica, estas
frações podem apresentar misturas com sementes de menor qualidade. Os resultados
dos testes de qualidade fisiológicas das sementes para a fração aproveitamento se
manteve elevado para os valores de germinação e vigor, tanto para a velocidade de
rotação, quanto para os fluxos de alimentação. A velocidade de rotação de 10rpm e
os fluxos de alimentação de 0,3 e 0,6t/h tiveram um melhor desempenho, dado que
houve um menor descarte de sementes de qualidade.