Investigação do efeito anti-tumoral da genisteína em câncer de mama: um estudo in vitro

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Data
2013-03-11Autor
Prietsch, Rafael da Fonseca
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Dentre as causas mais frequentes de mortes no mundo, podemos citar o câncer. Em
países desenvolvidos e em desenvolvimento é um dos problemas mais graves de
saúde pública sendo a segunda causa de morte no Brasil. A soja tem vindo a
adquirir uma posição de destaque no mercado ocidental ao longo dos últimos anos
com o aumento da procura por este produto vegetal. Os fitoestrogênios são
importantes constituintes da soja que se ligam a receptores de estrogênio (ER),
mimetizando a ação do estradiol. A ação anticarcinogênica, a diminuição de alguns
sintomas associados à menopausa, e a prevenção da osteoporose e das doenças
cardiovasculares são alguns dos resultados positivos já evidenciados. O
fitoestrogênio com maior importância terapêutica é a genisteína. A genisteína tem
atraído interesse científico devido os seus possíveis benefícios na prevenção de
diversas doenças, incluindo o câncer. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito
antiproliferativo seletivo da genisteína, comparando a ação desse fitoestrógeno em
linhagens celulares de câncer de mama e em fibroblastos de humanos. Com o
objetivo de avaliar o efeito da genisteína sobre a viabilidade e morfologia celulares,
linhagens celulares de câncer de mama (MCF-7) e de fibroblasto humano
(CCD1059sK) foram cultivadas em condições padrão e foram expostas a
concentrações crescentes de genisteína (0,01; 0,1; 1; 10 e 100 μM) por 24, 48 e 72
h de tratamento. Paralelamente, as culturas também foram expostas ao estradiol (10
nM) para fins comparativos. A análise das culturas celulares por imagem revelou que
a genisteína promoveu alterações morfológicas características de morte celular por
autofagia. Interessantemente, a genisteína não alterou a viabilidade de culturas de
fibroblasto. Os resultados obtidos foram favoráveis à validação da utilização da
genisteína como potencial agente antitumoral.