Desempenho reprodutivo com inseminação artificial em suínos com doses homospérmicas e heterospérmicas
Resumo
A utilização de inseminação artificial (IA) com doses heterospérmicas (Het) pode ser benéfica para a suinocultura, por diluir deficiências individuais entre o desempenho
reprodutivo de machos. No entanto, esta prática pode mascarar o potencial reprodutivo de outros reprodutores, o que poderia ser avaliado com o uso de inseminação artificial com doses homospérmicas (Hom). Este trabalho avaliou o
desempenho reprodutivo de machos suínos após IA com doses Hom e Het. Ejaculados colhidos de 4 machos foram combinados em 10 tratamentos: 4 com doses Hom (machos A, B, C e D) e 6 com doses Het (AB, AC, AD, BC, BD, e CD), todos com concentração de 3 bilhões de espermatozóides em doses de 80 mL, com contribuição igual de cada macho. Realizaram-se testes para analise de integridade da membrana, do DNA espermático e do acrossoma, da funcionalidade da
mitocôndria e da penetração ovocitária in vitro. Foram inseminadas 511 fêmeas de ordem de parto de 1 a 6. A taxa de parição (TP) e o número total de leitões nascidos por parto (TN) foram registrados. Tanto a TP (Hom = 90,5% e Het = 89,9%), quanto o TN (Hom = 12,4 ± 0,4 e Het = 12,7 ± 0,7), não diferiram (P>0,05). Foram observadas algumas diferenças entre os tratamentos, como a TP máxima ocorrendo para o tratamento AC (98.0%) e uma TP mínima de 87.0% para o macho B (P<0.05). Quanto ao TN, uma diferença de 2,0 leitões foi observada entre o valor máximo (tratamento CD) e o mínimo (tratamento AC). Quanto às avaliações in vitro, foram
observadas diferenças apenas quanto ao teste de penetração in vitro (P<0,05), entre os machos B (56,4%) e C (29,2%). Não foram detectadas diferenças no desempenho reprodutivo com IA com doses homo e heterospérmicas.

