Estudo longitudinal de lesões profundas de cárie após a remoção incompleta da dentina cariada: 36-45 meses de acompanhamento

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Data
2006-10-16Autor
Oliveira, Elenara Ferreira de
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Este trabalho avaliou alterações clínicas/radiográficas após a remoção incompleta da dentina cariada e selamento do dente. Trinta e dois dentes com lesões profundas de cárie foram estudados. O tratamento consistiu da escavação incompleta da dentina cariada, aplicação de uma camada de cimento de Ca(OH)2, selamento provisório por um período de 6-7 meses, e restauração. Radiografias interproximais foram feitas
logo após o selamento temporário e em intervalos de 6-7, 14-18, e 36-45 meses. As imagens digitalizadas foram analisadas: qualitativamente em relação à profundidade da zona radiolúcida (ZR) e deposição de dentina terciária (6-7 e 36-45 meses) e quantitativamente, em relação à densidade radiográfica, através da subtração de imagem (6-7, 14-18, e 36-45 meses). As subtrações foram realizadas na ZR, abaixo
da restauração, e em duas áreas controles (AC). Durante período de 6-7 meses houve uma necrose e uma exposição pulpar, e no intervalo de 36-45 meses, três fraturas e três perdas de pacientes. Nove casos mostraram uma diminuição da profundidade da ZR no período de 6-7 meses e mais três casos no intervalo de 36-45 meses. Em quatro casos foi observada a deposição de dentina terciária. As médias de densidade radiográfica e desvio-padrão foram: 129.42±5.83, 127.65±4.67, e 126.86±7.03 (AC, p>0.05) e 132.96±7.41, 132.90±5.99, e 132.62±8.68 (ZR, p>0.05) para o 1º, 2º e 3º períodos, respectivamente. A densidade radiográfica das AC foi diferente da ZR (teste de Tukey, p<0.05). A interferência no metabolismo microbiano promovida pela remoção parcial da dentina cariada e selamento do dente provocou a paralisação da lesão, sugerindo que a remoção completa da dentina cariada não é essencial para o controle da progressão da cárie.