Adubação de pré-plantio no crescimento, produção e qualidade da amoreira-preta (Rubus sp.)
Resumen
A amora-preta é uma fruta de clima temperado que devido a sua rusticidade,
boa produtividade, rápido retorno econômico e as várias opções de mercado, se
apresenta como uma alternativa na diversificação da matriz produtiva,
principalmente nas pequenas propriedades rurais. O objetivo deste trabalho foi
avaliar os efeitos de sete diferentes adubações de pré-plantio sobre as
cultivares Tupy e Xavante de amoreira-preta. O trabalho foi desenvolvido em
São Mateus do Sul-PR, nos anos de 2006 e 2007. Os tratamentos aplicados
foram os seguintes: T1: Testemunha; T2: 2,0ton ha-1 de cama de aviário(CA);
T3: 350kg ha-1 da formula 8-20-20 (recomendação da Comissão de Química e
Fertilidade do Solo-RS/SC, 2004); T4: 2,0ton ha-1 de CA+1,2ton ha-1 de
Termofosfato(TMF)+2,0ton ha-1 de Calxisto(CX)+1,0ton ha-1 de Xisto
Retortado(XR); T5: 2,0ton ha-1 CA+1,2ton ha-1 TMF+1,0ton ha-1 de CX+0,5ton
ha-1 de XR; T6: 2,0ton ha-1 CA+1,2ton ha-1 TMF+4,0ton ha-1 de CX+2,0ton ha-1
de XR e T7: 2,0ton ha-1 CA+1,2ton ha-1 TMF. As variáveis resposta avaliadas
foram: número de hastes por planta, diâmetro de hastes, relação entre número
de hastes e produtividade, matéria seca de poda (MSP), produtividade,
dinâmica de produção, Índice de Eficiência Agronômica (IEA), peso, diâmetro,
teor de sólidos solúveis totais (SST), cor, teor de antocianinas, percentual de
acidez dos frutos, exportação de nutrientes e teores de macro e micronutrientes
no material de poda, frutos e solo. Os resultados foram analisados no software
estatístico WinStat, versão 2.11, a um nível de significância de 5%. Foram
verificados efeitos significativos dos tratamentos de adubação de pré-plantio
apenas para os teores de nutrientes no solo, onde os tratamentos T6 e T3
apresentaram as maiores concentrações de fósforo e potássio respectivamente.
A cultivar Tupy foi superior estatisticamente nas variáveis resposta: MSP,
produtividade, diâmetro e peso de frutos e teor de antocianinas. Além da maior
concentração de Ca, Mg, Cu, Fe e B no material de poda e de K, P e Cu nos
frutos. A cultivar Xavante foi superior em densidade de hastes e cor de frutos,
além da maior concentração de Ca e Mn nos frutos. As cultivares não diferiram
significativamente nas variáveis: diâmetro de hastes, SST e acidez titulável dos
frutos. Além de apresentarem os mesmos teores de P, K, S, Zn e Mn no
material de poda e de B, Fe, Mg e S nos frutos. Houve uma correlação positiva
de 93% para cv. Tupy e de 84% para a cv. Xavante entre o aumento do número
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de hastes e o da produtividade. O período de colheita foi de 71 dias, sendo o
período efetivo de colheita (90% da produção) foi de 37 dias para a cv. Tupy e
de 24 dias para a cv. Xavante. O IEA da cv. Tupy foi maior no tratamento T3, já
papré-plantio base não proporcionaram alterações nos teores de nutrientes a
ponto de induzir variações significativas das variáveis resposta avaliadas.
Quanto as cultivares, a cv. Tupy apresentou resultados superiores aos da cv.
Xavante nas principais variáveis estudadas.