Efeito da interação genótipo x ambiente na qualidade fisiológica de sementes de soja (Glycine max (L) Merrill)
Resumo
A capacidade produtiva da soja está associada aos avanços científicos e disponibilidades tecnológicas destinadas ao setor produtivo. O setor sementeiro, aliado ao melhoramento de plantas, tem contribuído para o incremento da produção brasileira, que na safra 2005/2006 deverá atingir 58,7 milhões de toneladas ante a anterior de 51,1 milhões de toneladas, no entanto a área semeada de soja deverá cair 6,4 por cento para 21,9 milhões de hectares. Segundo o IBGE a estimativa de produção maior está baseada na expectativa de um desenvolvimento das lavouras dentro das condições normais de clima. Para preservar o máximo potencial genético e fisiológico de uma cultivar é necessário conhecer sua adaptação nos ambientes onde as sementes serão produzidas, identificar, correlacionar os genótipos, determinar sua capacidade produtiva, fisiológica e sanitária. O objetivo deste trabalho foi caracterizar genótipos de soja de grupos de maturação diferentes, em diferentes ambientes, quanto à produção de sementes, visando a produção de sementes em áreas sementeiras não convencionais. Dentre os ambientes testados o melhor para produção de sementes de soja foi Abelardo Luz. Os ambientes São Miguel do Iguaçu e Maracaju foram altamente restritivos para a produção de sementes de soja de qualidade. Os genótipos de soja de diferentes grupos de maturação apresentam desempenho distinto quanto à qualidade das sementes em função do ambiente.